A alimentação infantil, por muitas vezes, pode ser um desafio. Saber introduzir ao paladar das crianças legumes, verduras e frutas é um dilema para muitos tutores, no entanto, não é impossível. Neste post, traremos 10 dicas que podem facilitar o processo de mediação nas refeições das crianças.
Crianças são espelhos
É importante ter em mente que o processo de desenvolvimento infantil reflete muito do que os adultos ao seu redor fazem. A socialização, principalmente com pessoas mais velhas, influencia em quase todas as decisões da criança. Se seu filho precisa se alimentar melhor, observe seus hábitos. É possível que a seletividade possa ter a ver com quem acompanha as refeições do seu pequeno. Mas atenção: busque sempre analisar e diferenciar o interesse em determinados alimentos e a falta de estímulo.
A leitura é sempre uma aliada
Ainda não sabe muito bem como introduzir o assunto à criança? Pesquise livros que abordam o tema de forma divertida e lúdica por meio de personagens as quais haja identificação. As problemáticas podem facilitar o processo e trazer reflexão sobre alimentos diferentes do que o pequeno está acostumado. Além de ser uma ótima oportunidade de aproximação entre a família e o desenvolvimento de um novo hábito. Outra ideia é a de criar histórias na hora das refeições com os próprios alimentos.
Momento à mesa
Comer com todos os integrantes da família à mesa e em horários pré determinados é essencial para uma alimentação mais saudável. Uma pesquisa no tema “comportamentos sedentários e obesidade” da Universidade de Loughborough afirma que estar muito tempo em frente à televisão resulta em lanches mais calóricos. Evite deixar as crianças muito tempo em frente a aparelhos tecnológicos, principalmente comendo sem supervisão. Use as refeições como mais uma oportunidade de interação com as crianças.
Entender o porquê
Mais do que apenas seguir regras cegamente, as crianças precisam saber o motivo pelo qual precisam da disciplina em relação a alimentação. Converse sobre os benefícios da alimentação mais nutritiva e como é importante cuidar do próprio corpo. Ao compreender a função da comida e de todas as vantagens de comer melhor, a estimulação será mais efetiva. É essencial utilizar uma linguagem branda para que a criança não coma apenas se sentindo pressionada e sim por entender o porquê de comer bem.
Faça pratos divertidos
Uma dica que parece muito simples, mas que pode marcar positivamente a infância dos pequenos é fazer arte com os pratos nos momentos de alimentação. Fazer rostinhos com os pratos do almoço, criar formas divertidas para biscoitos e caprichar na lancheira da escola podem ser algumas das ideias que estimulem mais a abertura das crianças para novos alimentos. Personagens, desenhos, formas e cores são grandes aliados tanto para induzir a refeições mais nutritivas como até mesmo para incentivar a criatividade.
Cozinhar com as crianças
Criança na cozinha? Sim! Ao realizar a preparação de suas refeições, as crianças se sentem inspiradas a provar o que fizeram, desenvolvendo também um senso de autonomia sobre sua alimentação desde os seus primeiros anos. Ainda que haja receio por parte dos adultos, é importante dar liberdade ao mesmo tempo que a criança é supervisionada e guiada a tomar cuidado. Fazer cookies, temperar uma salada, ajudar a preparar o suco são exemplos de tarefas simples que podem se tornar significativas para a infância e contribuem na hora de comer.
Piquenique
Uma ideia de momento em família que pode auxiliar no processo de aperfeiçoar a alimentação na infância é fazer piqueniques. Desde o preparo dos alimentos até a escolha do local podem se tornar ótimas ferramentas para fomentar refeições nutritivas. Usar temas como “piquenique de verão”, “dia do sanduíche”, “piquenique de aniversário”, entre outros, são algumas ideias. O essencial é que o momento se torne um marco, um momento que os faça lembrar o quão gostoso e divertido pode ser se alimentar bem estando com sua família.
Cuidado com as barganhas
É comum que os responsáveis por crianças utilizem formas de convencimento para que estas não deixem de comer. Por isso, é preciso cuidado com a forma que determinados alimentos são oferecidos; quanto maior a proibição, mais desejado é o alimento. Quando um doce, por exemplo, é atribuído ao consumo mais consciente, a alimentação deixa de ser um peso. Dizer que a criança vai deixar de brincar ou realizar qualquer outra atividade se não comer também pode ocasionar em uma repulsa ainda melhor ou uma visão de “castigo” no momento de alimentação.
Desafie a criança
O uso da ludicidade, ou seja, o exercício da fantasia e da imaginação ou da brincadeira, é uma excelente maneira de mediar o processo de alimentação. “Será que você tem força o suficiente para levantar a sua colher?” “E se você tentar colocar um pedaço grande desse legume aqui no seu garfo, será que ele cabe?”, são exemplos de pequenos desafios. E se, ao invés de você dizer que a criança precisa comer a cenoura, dizer que vai comê-la com uma boca maior que a dela? Mesmo de forma inconsciente, a criança se sente desafiada e passa a fazer o mesmo. Dessa forma, a brincadeira pode ser usada na hora das refeições para incrementar esses momentos.
Busque ajuda profissional
Se mesmo tentando manter uma rotina alimentar no processo de alimentação saudável você ainda perceber dificuldades da criança em se adaptar ao que é proposto, não hesite em buscar profissionais qualificados para intervirem. Assim como em todas as outras áreas da saúde, o momento de se alimentar precisa ser acompanhado com atenção. A seletividade alimentar se não mediada desde a infância pode se agravar a quadros graves se estendendo até a vida adulta.
Acima de tudo, é importante compreender que muitos dos processos na hora de se alimentar são graduais e exigem muita paciência e determinação dos tutores em prosseguirem tentando. Pode ser custoso, mas não é impossível. Crie uma rede de apoio, se informe e busque sempre novos métodos que sejam comprovados e aprovados por profissionais da área.
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